Ainda não há muito tempo, lia toda a espécie de coisas nas longas viagens de comboio Aveiro-Lisboa.
Durante cerca de 3 horas por semana (às vezes 6...) lia intensivamente. Romances, livros mais ou menos técnicos, revistas (de uma ponta a outra, como quem lê um livro, mas a começar da última página para a primeira!) e até apontamentos, para compensar o que não tinha tempo de estudar durante o resto do tempo!
O carro roubou me as viagens de comboio e, acima de tudo, o tempo para ler...
Agora, com o cansaço dos dias, apenas consigo ler uma ou duas páginas antes de adormecer profundamente...
Foi por causa do comentário que fiz nesta entrada, que acabei a ler o livro que lá vem sugerido. As palavras difíceis.
Ontem, finalmente acabei-o.
Tenho vergonha de confessar que apesar de ter apenas 47 páginas, mais pequenas que A5, sendo que uma grande parte tem desenhos e as letras são gordas, demorei mais de duas semanas para o ler... Mas valeu a pena!
À primeira vista pode parecer um simples livro para crianças, mas com simplicidade diz algumas verdades sábias.
Deixo-vos estas palavras, não muito difíceis, mas que me fizeram pensar.
«Mas basta saber isso para se poder ser escritor?», perguntei eu.
Ouviu-se um não sonoro, dito por todos os presentes.
«É preciso que saibas o que queres dizer, é preciso que tenhas alguma coisa para contar» (...).
Eu, apesar de não ser escritora (afinal de contas, na maioria das vezes, não sei o que quero dizer!), enquanto tiver coisas para contar, vou tentando manter vivo este meu cantinho na Net.