27 de outubro de 2007





Enquanto passeava esta manhã pela minha nova cidade, descobri este fantástico texto afixado à entrada de uma livraria.

Confesso que até me deixou com algum peso na consciência...

Que eu até gostava de ler mais, mas o tempo não me deixa...

Acho que vou aproveitar a hora a mais deste fim-de-semana! =)



























Sem dúvida que o melhor de termos uma nova cidade é a possibilidade de a descobrirmos!

Bom fim-de-semana!
 
24 de outubro de 2007

















Lembram-se disto?

E disto?


Pois ontem parti o cabo do portátil pela milionésima vez...

E depois de uma busca incessante pela região Oeste, nao consegui encontrar uma peça para substituir a que se partiu...

Vou então fazer-vos o resumo da situação (verdadeiramente dramática, direi eu...)
- Tenho uma cavidade oca no sítio onde era suposto ter uma bateria...

- Já não tenho um shift... [Ainda tenho outro para partir! :P]
-
Estou quase sem um Enter... [Pelo menos, tal como os shifts - e os faróis - são 2!]
- O gravador de CDs nem sempre funciona...
- Das 3 entradas USB originais só me sobra uma...


- Então e não te inscreveste no e_oportunidades?
- perguntam-me.
- Não!!!

- Mas se estás a precisar... Por que não aproveitaste?
- Ora porque apesar de estar aqui escrito que é para todos os professores,
parece que afinal é só para alguns...
Que as entidades superiores devem ter medo que eu, sendo contratada, não tenha dinheiro para pagar o portátil e não tenho acesso a essas tais oportunidades...


Ah e tal, talvez ainda venham a existir códigos para os contratados...

Talvez?????
Quando é que irá ser isso?
Quando eu já não tiver teclas?

Bem, sem cabos e sem bateria, posso sempre tentar pôr o portátil a funcionar com energia solar...
 
21 de outubro de 2007


















Desfocamos.
Anoiteceu. Não demos conta.
A luz escassa tornou tudo mais difícil.
Distorcemos as imagens.
Só as sombras permanecem...

Desfocamos.
Queremos ver os contornos.
Onde está a nitidez que trazíamos em nós?
Olhamos. E desfocamos.
E temos medo das sombras...

Mais um esforço!
Levamos ao limite os nossos olhos.
E tentamos ver traços que nos definam caminhos.
E tentamos ver limites até onde não existem...
Tentamos vencer as sombras...

E desfocamos...
Porque este esforço é maior do que podemos suportar.
E afinal estamos perdidos...
Anoiteceu. Não demos conta.

A Estrela Polar?
Quem nos dera ter um Norte!
Estamos num outro hemisfério...
Num Universo Paralelo onde as estrelas não existem.

Só as sombras permanecem...

 
18 de outubro de 2007




















Estimado leitor do meu cantinho internético, hoje tenho uma coisa diferente para lhe propor.
Vou pedir-lhe para me acompanhar num exercício de abstracção.
Será que está preparado?

Respire fundo.

Comece por se imaginar dentro de um carro.
[Confesso que a minha experiência é mais Clios mas acho que deve ser igual em todos!Será?]
Agora visualize as suas mãos no volante.
Está a acompanhar?
Retire a sua mão direita* do volante e desloque-a um pouco para a direita*.
Irá encontrar um obstáculo.
Agora, empurre-o para baixo e verá acender, de forma intermitente, umas luzes no painel mesmo à sua frente. E se o puxar acontecerá algo semelhante.
Parece-me que terá também ouvido um efeito sonoro!


Gostou da experiência?

Preciso agora que me responda a umas perguntinhas!
Consegue descobrir o que acabou de fazer?
...
"Ligar os piscas"? Será que o ouvi dizer "ligar os piscas"? Bom trabalho! Era mesmo isso!
E diga-me uma coisa, sabe para que servem essas referidas luzinhas?
Pronto, eu dou-lhe um bocadinho para pensar.
...
Disse que se devem ligar quando o condutor muda de direcção ou quando pretende encostar, certo?
Acertou! Óptimo!

Diga a verdade, foi difícil?
Naaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaaa, claro!
Que não me parece que esta pequena experiência exija assim um nível de abstracção tão grande...

Então por que raio aqui na minha nova cidade as pessoas, apesar de estarem efectivamente a ver os piscas, teimam em não os acender???
Será que eu tenho obrigação de saber para onde é que toda a gente vai virar?!
Ele há coisas...
Que uma pessoa muda de escola, muda de casa, muda de cidade.
Mas uma pessoa não está à espera é que mudem as regras da condução!


Pronto, eu confesso que também não domino propriamente a ciência automóvel.
Apesar do meu veículo (também conhecido como Clio-mais-fantástico-de todo-o-Oeste-e-zona-da-grande-Lisboa =o) ) ter feito 2 anos no passado fim-de-semana e apesar dos mais de 40 mil quilometros que percorremos juntos nesse tempo, apenas ha uns 3 meses eu aprendi que havia uma rodinha atrás do voltante que permitia mudar a estação do rádio!
[Não digam a ninguém que é vergonhoso!]


Mas, quer dizer, eu não tenho que avisar os outros condutores cada vez que a música não me agrada e mudo a frequência!!!


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*ADENDA:
Onde está escrito "direita" leia-se "esquerda"!
Hoje, enquanto conduzia, apercebi-me da raiz do problema: as pessoas não acendem os piscas pois, tal como eu, trocam a direita pela esquerda, e acabam a ligar as escovas limpa pára-brisas!!!!

[Obrigada Sílvia Cristina! Tu é que dominas a arte de bem conduzir! =) ]

 
13 de outubro de 2007














... é tempo de ir para a rua explorar!


Bom fim-de-semana!
 
10 de outubro de 2007




- Professora, reparei numa coisa interessante! - disse o aluno com um brilhozinho nos olhos.
- Então, o que foi? - perguntei eu, curiosa.

- A professora escreveu no quadro 12 x 150 000 000 e eu, distraí-me, e fiz a conta ao contrário. E reparei que dava o mesmo resultado!


Eu não consegui evitar sorrir!

Não pensem que estava a troçar do aluno. Antes pelo contrário!

Fiquei até feliz porque ele, finalmente, tomou consciência de uma das propriedades mais básicas da multiplicação.
O meu aluno apercebeu-se de como a Matemática pode ser realmente espectacular! =)




Penso como é que ele chegou aqui (7º ano) sem se dar conta.

Que o aluno nem é um mau aluno.
Será que nunca se questionou?
Será que nunca tinha reflectido sobre este assunto?
Será que não compreendeu?
Que não me digam que nunca lhe tinham falado que a ordem dos factores de uma multiplicação é arbitrária!

Dou comigo a pensar que haverá tanta coisa que os nossos alunos mecanizam e não compreendem. Sobre as quais não se questionam. Algumas das quais nunca nos apercebemos.
Acho que em algum ponto do percurso escolar dos nossos alunos, alguma coisa (espero que não sejam muitas!) falha.
Que nesse ponto eles deixam de pensar. Ainda não consegui perceber porquê.
E há alguns que, nesse ponto, acabamos por perder...

Não sou professora de Matemática (apesar de ter querido sê-lo durante anos) e não tenho pretensões de criticar as estratégias que se usam no ensino da Matemática.
E se eu tivesse descoberto a solução, já a teria, com toda a certeza, partilhado!
Mas hoje, não pude evitar questionar-me.


 
5 de outubro de 2007





Hoje foi tempo de partir.

Deixar para trás as raízes que foram crescendo

e, com elas, deixar bocados de ser e de sentir.

Deixar para trás o que não importa.

Ter de deixar o que importa, também...


Hoje foi tempo de partir.
E foi tempo para guardar cada passo dos caminhos velhos, bem conhecidos do nosso andar.

De relembrar cada rua, cada cara, cada cheiro, tantas conversas e sorrisos...

Foi tempo de juntar cada pedacinho das memórias
.
E de respirar tudo como se fosse a última vez... Será?


E agora, que o tempo de partir chegou,

resta tentar que a novidade de cada dia equilibre o peso das saudades...

Porque hoje foi tempo de partir.

E já está partido o coração...


Será que o tempo o reconstituirá de novo?


...

Será?



Não sei em que momento sabemos que pertencemos a uma cidade. E que ela faz parte de nós.
Com todos os locais mas, principalmente, com todas as pessoas que nos preenchem os dias e nos vão prendendo...
No momento em que percebemos
, partir torna-se verdadeiramente difícil...

Deixo aqui uma flor, memória
destes últimos dias na cidade. Na minha cidade.
O meu presente para quem fica.
Presente também para mim.
Para que a lembrança destes dias - bons! - permaneça.















 
2 de outubro de 2007


















Há alguns anos atrás, dizia eu (sem pensar, claro!) que não me fazia falta uma máquina fotográfica.
Que as melhores fotografias se guardavam na memória.
E se é certo que, por melhor que seja a nossa máquina, por mais arte que tenhamos a tirar as fotografias, há coisas que simplesmente não conseguimos transmitir, não posso negar o quanto gosto de andar com a máquina em punho, à procura dos pequenos pormenores do Mundo.
Das cores.
Das formas. Dos ângulos.
Porque ver o Mundo através da lente nos leva, quase sempre, a vê-lo com outros olhos.

Quis o destino que eu me tenha lembrado dessa frase
muitas vezes nos últimos tempos.
A minha máquina foi uma companhia agradável,
até ao dia em que os "simpáticos" senhores espanhóis decidiram ficar com ela, sem me perguntarem a minha opinião...
Durante os últimos 2 meses, tantas vezes me lembrei dela.

Para meu espanto, eis que hoje ganhei um brinquedo novo!
Que, tal como todos os brinquedos novos, teve de ser imedi
atamente testado!
A hora tardia não permitiu que fosse explorá-lo lá para fora,
mas não resisti a deixar-vos aqui um dos primeiros exemplares obtidos com o referido aparelho.
Espero que tenham sido os primeiros de muitos momentos felizes!!!



[E para as fotografias subaquáticas, tenho sempre o modelo PSD! eh eh! =) ]