29 de abril de 2007




Amigos. Com “A” grande.
Tão grande que mil folhas de papel colocadas lado a lado não dariam para escrever!
Daqueles amigos que nos marcam para sempre.
Que fazem em nós tatuagens que só desaparecem se arrancarmos a pele.
Que nos dizem o que não queremos ouvir mas que precisamos que nos lembrem.
Amigos que podem estar cem anos sem nos verem (coisas que a vida faz...)
ou podem morar mais longe que Plutão.
Mas, quando nos vêem, basta um olhar e compreendem tudo. Tudo mesmo!
O que dizemos, o que pensamos dizer, o que não conseguimos sequer verbalizar.
Daqueles por quem fazemos quilómetros de viagem,
com os quais podemos conversar durante horas,
mas que apenas cinco minutos já valem o cansaço de vencer a distância.
É desses amigos que falo! Sim, desses!!!
Que quando partem levam bocados de nós,
mas mesmo assim nos deixam mais ricos.

Hoje pude reencontrar uma dessas pessoas!
Sorri no reencontro.
E chorei na despedida.
E guardei cada momento, para poder ir relembrando, até que a vida permita que nos encontremos mais uma vez.

Cris, eu não me esqueci das nomeações.
Mas hoje, não poderia escrever sobre qualquer outra coisa...
 
25 de abril de 2007
















- És livre? – perguntou.
- Hummm... Acho que sim! – respondi eu, sem saber muito bem o que queria isso dizer.
- Achas?
- Quer dizer...sou livre, é verdade. Mas acho que não posso dizer que o sou totalmente.
- Porquê?
Foi aqui que percebi que não tinha margem para fugir com uma resposta de “talvez”. Depois de uns segundos de indecisão, respondi, com a minha melhor convicção.
- Sou livre porque posso tomar as minhas próprias decisões. Porque posso decidir o que quero ou não fazer. Porque posso dizer o que me vai na alma. Mas também é verdade que na sociedade existem regras, códigos, que tenho de respeitar. Porque não vivo sozinha e a minha liberdade tem de ter em conta a liberdade dos outros. Porque as minhas verdades não são absolutas e as verdades dos outros, por serem diferentes das minhas, não têm de ser menos verdadeiras...
Ela sorriu e mais uma vez insistiu.
- Mas afinal, és livre ou não?


Hoje, comemorando a liberdade que outros conquistaram para mim [em 1974 eu ainda só existia nos sonhos dos meus pais! =)], tomei a liberdade de não vos deixar cravos!
Deixo a flor e a borboleta.
Se quando vierem a borboleta não estiver, não se preocupem!
Ela sim, é completamente livre de voar e ir embora!
 
23 de abril de 2007




Não. Não me parece que tenha sido um crocodilo.
É verdade que não tive oportunidade de me encontrar, frente a frente, com ele, mas, de acordo com um poema que ouvi há uns tempos, um crocodilo não era certamente, um crocodilo não picava assim.
A vítima, ou seja, eu, apresenta nas pernas múltiplas picadas em número que não foi possível determinar, num padrão semelhante a uma crise de sarampo.
De acordo com as provas do crime, qual agente do CSI Oeste, tento recrear a história.

O bicho era provavelmente da família dos insectos e devia andar triste, quase deprimido diria eu.
Quando me viu passar, dizem algumas testemunhas, tentou chamar a minha atenção, pois queria companhia.
No entanto, eu, pessoa insensível, nem me apercebi.
É então que ele, num acto desesperado, perante o olhar sobressaltado de outra bicheza presente - relato recolhido no local, salta para cima do meu pé e, numa última tentativa de me chamar a atenção, começa o ataque.
Após diversas picadas e, uma vez que permaneci completamente abstraída da sua presença, o bicho desistiu e deve ter ido procurar amigos noutro local, sendo que nunca mais foi visto.

É verdade que o crime até pode ter ocorrido por motivos aceitáveis mas crime é crime, e se eu encontrar o referido bicho... ele vai ter de cumprir pena!

Boa semana!
 
19 de abril de 2007




Este até que podia ser um post sobre o Livro do Daniel Sampaio.
Podia, mas não é!
A verdade é que, depois de ter perdido todo e qualquer resto de esperança para conseguir arranjar um horário este ano le
ctivo, eis que fui contemplada com uma oferta de escola!!!
Finalmente, voltei à escola!!!

E para começar?
Fui apresentar-me hoje às nove e meia da manhã, às 13h45 já estava a dar aulas e, para terminar o dia, nada melhor que uma Reunião de Departamento.
Ora, o normal!Não fosse eu ter aterrado de pára-quedas numa escola em meados de Abril...

É o que se chama começar em grande! =)

Até breve!
 
17 de abril de 2007




Aconteceu há algumas horas.
Eu vinha da ginástica e cruzei-me, mais uma vez, com o gato simpático de que falei há uns posts atrás.
Como de costume, não resisti a chamá-lo!
Mas, desta vez, a nossa comunicação atraiu atenções.
- Olha, é o teu gato – disse um miúdo para outro.
Os dois, nenhum deles ainda com 10 anos, estavam a jogar futebol num pátio mesmo ali à beirinha.
O miúdo dono do gato, pegou na bicicleta, despediu-se do amigo e seguiu comigo e com o gato pela rua.
- Costumas ter o teu gato aqui na rua? – perguntei eu.
- Sim, eu costumo andar por aqui.
- Não tens medo que o teu gato seja roubado? Ou que seja atropelado?
- Não! Ele vai sempre ter a casa!
Eu insisti:
- E não tens medo que, um dia, ele vá com alguém e se perca? No outro dia ele veio comigo até ao fundo da rua! Eu quase já nem sabia o que fazer, não queria deixá-lo ali sozinho...
- Não, não há problema! Eu moro aqui mesmo perto, no prédio cor-de-rosa. A casa tem um quintal, ele sabe ir lá ter sozinho.
Chegámos ao fim da rua e despedi-me do miúdo.


Uns minutos depois, apercebi-me da facilidade com que em 2 minutos, o miúdo me contou onde morava, que a casa tinha um quintal acessível da rua, que costumava brincar por ali com um outro miúdo.

E se em vez de uma simples cachopa que faz ginástica e que gosta de gatos, o miúdo tivesse encontrado um criminoso?

Dá que pensar...
 
15 de abril de 2007




(porque uma história nunca tem só um lado)


















“A história é contada de várias maneiras diferentes, dependendo de quem a está a contar e do que as pessoas precisam de ouvir naquela altura.”

Imagino que já ouviram falar do livro “O Feiticeiro de Oz”.
Havia uma rapariga com uns sapatos vermelhos que percorria uma estrada de tijolos amarelos.
E um Feiticeiro. E umas Bruxas. A rapariga (Dorothy) era a personagem principal.
Para quem, tal como eu, já não se lembrar bem da história, pode ir espreitar algumas coisas aqui.
Imaginem agora que a história é contada do ponto de vista de uma das bruxas, aquela que no livro original é apelidada de Bruxa Má do Oeste.
É disso que fala “A Bruxa de Oz”.
Elphaba, a Bruxa verde.

O modo como nasceu, cresceu e foi vendo o Mundo, até morrer e o livro acabar, de forma até um pouco súbita.
A Bruxa, que neste lado da história não é má, mas simplesmente incompreendida.
Porque as nossas acções têm motivos que às vezes ou outros não percebem.
O lado de lá da história.
Acima de tudo um livro interessante, sobre o amor, a religião, a política, enfim, sobre a vida.


Boa semana e boas leituras!
 
13 de abril de 2007














[imagem roubada daqui]


Espero que todos vós que aqui frequentam o meu cantinho sejam recicladores habituais e adeptos da teoria dos 3 R.
Por isso, lembrei-me de vos dizer (para o caso de ainda não saberem) algumas coisas que aprendi hoje na TV sobre a utilização da correspondência com consciência ambiental.

PARA REDUZIR:
Sabiam que os envelopes mais difíceis de reciclar são os almofadados?
Porque têm uma grande percentagem de plástico mas também uma grande percentagem de papel. Então, se queremos ser amigos do ambiente, devemos evitá-los ao máximo e utilizá-los apenas para enviar objectos realmente frágeis.

PARA RECICLAR:
2 – Sabiam que podemos colocar os envelopes com janela directamente no ecoponto sem tirar as janelas de plástico?
Antes não era assim, mas agora os centros de triagem já tratam de tudo, reaproveitando tanto o papel como o plástico. Basta, para isso, colocar os envelopes inteiros no ecoponto azul.

PARA REUTILIZAR:
3 – Esta é, na minha opinião, a mais interessante: sabiam que é possível reutilizar envelopes?
Ao contrário do que eu sempre pensei, é perfeitamente possível e legal pôr uma etiqueta por cima dos nomes do remetente, do destinatário e dos selos, e substituir!
Basta que tenhamos cuidado a abrir os envelopes para que não fiquem danificados.
O que eu vi na televisão (utilizado como exemplo) tinha uma folha A4 branca colada sobre toda a frente do envelope.
Isto é particularmente importante para os tais envelopes almofadados que são realmente mais difíceis de reciclar mas também são mais resistentes, o que facilita a reutilização!

E agora que já sabem, é só pôr em prática! =)
 
10 de abril de 2007



















[Fonte Santa, Março 2007]


Entre outras múltiplas e diversas categorias, podemos classificar as pessoas como “pessoas-de-gatos” e “pessoas-de-cães”.
Eu pertenço, definitivamente, ao primeiro grupo.

Dos gatos, admiro a inteligência e o carácter.
É impossível, para mim, ver um qualquer felino na rua sem tentar uma aproximação!
No entanto, há pessoas que, não distinguindo entre uns e outros, preferem manter-se à distância de ambos os animais.
Era assim a minha mãe.
A simples ideia de um gato ou cão (ou outro qualquer animal) presente no seu território a deixava, no mínimo, incomodada.
E foi assim durante muitos e muitos anos.
E continuaria assim, provavelmente, não fosse ter aparecido na nossa vida a linda criatura da foto!
A história é simples.
Era de uma tia, vizinha, que morreu. A casa ficou vazia, a gata ficou com fome e doente...
Começou por ir a nossa casa à procura de comida.
E lentamente, que isto de criar laços não é tarefa fácil (já dizia a raposa ao Principezinho!), foi-nos adoptando!
Foi ficando para dormir, um dia após outro, conquistando espaço.
Mantendo uma pose inabalável, sempre se achou senhora e dona do seu território!
Decidi chamar-lhe Rainha Dona Amélia.
Durante mais de um ano foi nossa.
Que eu, não sendo uma residente habitual na casa dos meus pais, sempre a considerei minha.
Há cerca de 3 semanas, adoeceu.
Pressentindo, talvez, que ia morrer, saiu de casa antes de conseguirmos perceber o que lhe tinha acontecido.
Encontraram-na, já morta, na casa velha da tia da minha mãe.
A única gata que conseguiu o feito inigualável de ter a admiração da minha mãe!


Ao caminhar, há pouquinho, pela rua, um gato simpático cruzou o meu caminho.
Não pude evitar lembrar-me dela...
 
5 de abril de 2007

















Quem passar por aqui, sinta-se à vontade para provar as amêndoas.
Mas atenção!!! Não abusem, que têm de chegar para todos!
E, além disso, muito açúcar não é muito saudável para os dentes.


Alguém pediu de chocolate? Lamento, mas já não tenho...



Que tenham uma Santa Páscoa
Até breve!
 
4 de abril de 2007
















A vida é uma viagem.
Há um rio e uma margem.
E tu? Onde é que queres estar?


Uma margem.
Ou duas, talvez!

Que me prendam. Que comprimam. Que limitem.
Que segurem as pontas soltas das ideias que rebentam em mim!

Quero uma margem.
Mas foge-me a terra debaixo dos pés...
 
2 de abril de 2007




(e a possibilidade de as tornarmos maiores)

Todas as pequenas coisas trazem consigo a possibilidade de se tornarem grandes.
Ainda que seja só aos nossos olhos.
Mesmo que seja só dentro de nós!

Especialmente se for dentro de nós!
Só é preciso acreditar.

Todas as pequenas coisas podem ser grandes coisas nos dias em que tudo é possível!
E em todos os dias é possível!

Às vezes é apenas preciso encontrar alguém que nos diga que sim.
Que basta querer, e o Mundo é aquilo que quisermos!
Em que basta sorrir! E a vida se encarrega do resto.

What kind of World do you want?






Especialmente dedicada para ti, "madrinha", por me ensinares mais uns truques para este meu cantinho internético (e todas as outras pequenas coisas!)

Para quem quiser ir ver mais de perto, fui buscá-la a este site que, para além de algumas raridades musicais, nos oferece a possibilidade de publicar qualquer outra música da nossa escolha.

Boa semana!

E se for uma semana de férias (ou interrupção das actividades lectivas!) ainda melhor. =)