27 de abril de 2009




Não sei bem o que me sufoca.
Mas, a cada momento, sinto apertar o nó sobre a minha garganta.
Comprimindo, asfixiando, segundo após segundo...
E é como se me doesse tudo e não sentisse nada ao mesmo tempo.
É como se esta dor existisse sem poder existir,
Como se fosse proibida pelas leis da Natureza.
É como se esta dor não pudesse ser real.
Afinal, o que confere às coisas e às dores esse estatuto de realidade?
É como uma atracção inevitável para o abismo,

Espiral que me afasta do chão que não me prende...

Talvez seja da largura dos horizontes que me induzem na vertigem da queda.
Talvez seja da solidão do silêncio que me desorienta e me confunde.
Pede-me o corpo este silêncio, mas falta-me a cidade a correr nas veias,
A percorrer as artérias que alimentam o meu ser.
Aqui, apenas eu, os gatos e as flores.
E os ecos dos meus pensamentos em mim.



 
Meia dúzia de palavras, já escrita fora de horas, pelas 01:41
6 Comentários:


At segunda abr. 27, 12:06:00 da tarde, Blogger RR

familiar words and...familiar feeling...

 

At terça abr. 28, 09:22:00 da tarde, Anonymous silvia

Não será do nó da gravata????? :) lol

 

At quarta abr. 29, 12:26:00 da manhã, Blogger Marina

Silvia Cristina, mas eu nao vou vou levar gravata, que nao combina com o meu vestido! ;-)

 

At quarta abr. 29, 08:00:00 da tarde, Anonymous Cris

Férias precisam-se!!

E essa imagem... espectacular!!

Beijinhos

 

At quinta abr. 30, 02:42:00 da manhã, Blogger Marina

Sim, precisam se muito, aqui por estes lados...

E obrigada! ;-)