Por razões diversas, costumo fazer o caminho entre a terrinha e a capital pelo litoral.
Mas, também com alguma frequência, opto por fazê-lo pela A1, encontrando, mais a norte, o IC2, em Aveiras, e continuando nele por uns cerca de 50 Km.
O IC2, estrada antigamente chamada de Nacional 1, de tão importante, era conhecida na minha terra como “a autoestrada”.
Era (e é) uma via principal, com um fluxo de trânsito bastante elevado, principalmente camiões de mercadorias que, tantas vezes, me levam a ter de segurar o meu pé direito para não sucumbir à gravidade.
A primeira vez que percorri esse caminho com o meu carro já deve ter acontecido há cerca de uns 4 anos. E qual não foi o meu espanto ao ver um sinal desconhecido, até à data, para mim, que avisava os condutores de que o piso estava em mau estado nos próximos x (sendo que x implica muitos) quilómetros.
Confesso que pensei que fosse uma coisa temporária (pois, sou crente!) mas, a verdade, é que o tempo foi passando e o piso foi-se deteriorando cada vez mais…
Há algum tempo (já perdi a conta dos anos), cortaram a dita estrada para obras.
Para além da possibilidade de conhecer novos caminhos e contactar com a Natureza, coisas que me deixam especialmente feliz, adivinhou-se no meu cérebro a possibilidade de arranjarem a estrada. Afinal, não estavam a fazer obras???
É desta! – pensei eu (já sabem que sou crente).
No entanto, após algum tempo (meses?) de obras, pareceu-me que o piso em nada tinha melhorado. Antes pelo contrário. Acho que nem dei bem conta da diferença.
E os buracos tapados, mas mal tapados, facilmente se voltaram a estragar ainda mais pela passagem dos muitos camiões.
Dei por mim a pensar em que teriam perdido o tempo os trabalhadores que por lá andaram…
Após bastante tempo sem lá passar, reparei, há já quase um mês, que a estrada voltou a ter obras.
Mais uma vez cortaram uma faixa do IC2 em alguns quilómetros.
No entanto, pelo que vejo quando percorro a faixa que permanece aberta ao trânsito, quer parecer-me que, mais uma vez, nem mesmo sendo ano de eleições, se resolvem a arranjar o piso daquela estrada… Um mês depois, tudo me parece igual.
E que tal se, desta vez, optassem por tirar as placas e arranjar definitivamente o alcatrão?
Isso é que era uma boa ideia! =)
É que a placa a avisar do mau estado, em nada facilita a minha viagem e não torna mais suave o impacto do meu cliozito nas crateras gigantes que surgem a cada piscar de olhos e que dificilmente se observam à distância.