Aliás, vi apenas alguns bocadinhos de filme, uma vez que durante o tempo restante estive a ver a minha turma.
9 miúdos que me desviaram a atenção do filme mais vezes do que gostaria. Apenas 9…
9 miúdos, com histórias difíceis.
Desde que, há uns meses, chegou ao cinema, tinha pensado ver este filme, na esperança de aprender qualquer coisa com ele.
Ideias, estratégias, sei lá, qualquer coisinha pequena que pudesse melhorar um bocadinho a minha maneira de lidar com estes miúdos.
Ontem vi, finalmente, o filme.
Qualquer uma das minhas aulas (que eu até considero correrem relativamente bem, perante alguns relatos que ouço nos corredores e nos Conselhos de Turma semanais) tem mais acção do que todo o filme. Bem, pelo menos, tendo em conta os bocadinhos de filme que fui espreitando...
Mas depois do desalento de quem caiu em Outubro numa escola complicada, estes miúdos já vão sendo os meus miúdos.
E a Senhora do Bar (que tem um nome difícil do qual eu agora não me lembro) já me guarda os croissants - sem nada lá dentro, ela sabe! - e tira-me sempre o café cheio, mesmo quando me esqueço de pedir.
E quando, como hoje, saio da escola a horas em que já não há porteiro, a Dª Idalina vai abrir-me o portão. “Para que a menina não tenha de voltar atrás para entregar o comando”, diz-me ela enquanto me acompanha.

Apesar das nuvens, vê-se a ponte e sonha-se com uma outra margem.
Afinal, hoje há gaivotas no telhado da frente e uma luz dourada que dá um toque especial no Cristo Rei.