28 de fevereiro de 2007



A criatura

O PÂNICO. O HORROR. O TERROR.

Há mais ou menos meia hora, encontrei uma criatura na minha banheira.
Sem exagero, tinha uns dois centímetros. Pronto, talvez um centímetro.
Isto sem contar com as pernas... 6 pernas longas (a pobre criatura era deficiente).
6 pernas longas esticadas na minha banheira.
Cada uma das pernas deveria medir uns 3 cm! Ou então se calhar 2...
Pensei que a pobre já tinha "batido a bota", mas quando decidi “dar-lhe um banho", ela começou a tentar nadar.
A ARANHA!!!!!
A ARANHA GIGANTE!!!!!

E agora, se ela decide subir pelo ralo e invadir o meu quarto?
Ela e um batalhão de aranhas suas amigas???

O meu problema é que não consigo matá-las...
Bem, só por afogamento ou por aspiração, que a ideia de senti-las contra o meu chinelo...
Brrrrrrrrrrrrrrrrrrrr... Só de pensar...

De entre todos os seres vivos que conheço (sim, que não se deve falar do que não se conhece) são os únicos que me arrepiam até à alma.
Que me deixam com todos os pelinhos dos braços em pé.
Que me fazem encolher a um canto.
Que às vezes me fazem gritar estupidamente (para falar verdade, eu grito por tudo e por nada!).

Acho que hoje vou ter pesadelos...











[Foto de uma destas criaturas que apanhei há uns tempos na porta do meu gabinete...]
 
Meia dúzia de palavras, já escrita fora de horas, pelas 23:43
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25 de fevereiro de 2007



E depois da chuva...

... às vezes aparece o arco-íris!




















[Torres Vedras, 20.02.07]


Boa semana!
 
Meia dúzia de palavras, já escrita fora de horas, pelas 21:48
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20 de fevereiro de 2007



E porque é Canaval...



Abram alas para a Marina! =)


(Qualquer semelhança entre a minha pessoa e este boneco pode não ser mera coincidência!)

Bom Carnaval!








[Imagem descaradamente roubada daqui]
 
Meia dúzia de palavras, já escrita fora de horas, pelas 12:49
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17 de fevereiro de 2007



Caminhos















Quando não conseguimos perceber as direcções,
como é que podemos definir caminhos e estabelecer prioridades?

Será que a vida não podia vir com um Livro de Código grátis???
E já agora com umas aulas de "condução de vida" incluídas!


Bom fim-de-semana!

[A foto? É de um animalzito simpático cujos caminhos cruzaram os meus numa manhã do Verão passado!]
 
Meia dúzia de palavras, já escrita fora de horas, pelas 20:45
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14 de fevereiro de 2007



A grande telha da Marina











(Pode não se ver do Espaço mas lá que é grande...)


Basta uma boa meia dúzia de razões para um dia normal se transformar num dia mau. Péssimo. TERRÍVEL.
Que me deixa com uma telha daquelas.
Que quase leva à loucura aqueles que têm o azar de apanhar comigo pela frente.
Senão, vejamos:

1 – O despertador tocou mas eu não quis saber. Saí de casa com cerca de meia hora de atraso e já com os humores alterados. É verdade que o meu carro às vezes quase que voa mas fazer Torres Vedras – Lisboa num quarto de hora... não dá para tanto! Lá ia chegar atrasada para mais uma reunião com a minha orientadora...

2 – Chego à beirinha do meu carro, está um carro estacionado a bloquear-me a saída. Após ter perguntado na vizinhança pelo dono do carro, decido apitar. O “amigo” chega, começa a bater-me nos vidros do carro e ainda reclama comigo por ter apitado! Quer dizer, ele está a bloquear-me mas, já agora, a culpa é minha, não???

3 – A minha chefe (sim, porque apesar de continuar desempregada, tenho uma chefe que me pede satisfações a cada minuto sobre os avanços da dita da tese...) decide implicar comigo por causa de um engano que não é meu.

4 – Regresso a casa ao fim da tarde, já exausta, e ando meia hora (faço quase um milhão de voltas ao quarteirão e arredores) a tentar arranjar estacionamento.

5 – Chego a casa, tento ligar o portátil. Não funciona!!! Descubro que o cabo está partido (pela quarta vez desde que tenho um carregador novo). E para mim, ficar sem o portátil, é de ir à loucura!

6 – Decido ir à loja de Informática. Desço as escadas, e vejo que tenho o meu carro bloqueado mais uma vez (desta vez era uma “amiga”), e mais umas buzinadelas (coisa extremamente comum na minha vizinhança).

7 - Mais meia hora para tentar estacionar nos arredores da Loja de Informática. Tento telefonar a alguém a pedir ajuda, ninguém me atende, e eu sem saber o que fazer...

8 – Na loja de Informática, o funcionário teima que sou eu que ando a partir os cabos porque não tenho cuidado nenhum com o portátil. Eu até acreditava, não fosse dar-se o caso de já ter trocado por 2 vezes o dito do carregador por defeito em menos de 6 meses. Só faltava dizer-me que os partia de propósito!

Valeu-me uma "miúda simpática" que me emprestou um carregador compatível com o meu portátil!
E porque uma coisa boa vale muito mais que 8 coisas más, já estou muito melhor! =)







Acho que vou tentar dormir e ignorar a telha por completo.
E de certeza que o dia de amanhã será melhor!

 
Meia dúzia de palavras, já escrita fora de horas, pelas 00:40
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12 de fevereiro de 2007



Pessoas assim...















Há pessoas assim.
Que, de tão doces, provocam em nós uma sensação que não se explica.
Que não fazem distinção entre os verbos “amar” e “viver”.
Que no coração (e na mesa!) têm sempre lugar para mais um!



Há dias assim.
Em que pessoas assim nos enchem a alma!





Boa semana!




PS: Finalmente carreguei no botão para mudar o meu cantinho internético para a nova versão. Se por acaso alguma coisa não estiver a funcionar, vão dizendo...
 
Meia dúzia de palavras, já escrita fora de horas, pelas 00:25
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7 de fevereiro de 2007



Não estava previsto

















[Estação da Bobadela, 25.01.2007]



Inverteste a minha lógica
racional e coerente,
sem sequer me aperceber...
Prendeste-me sem saberes,
deste nós que não desato.
- Que sabes tu desses laços?

Sei que não estava previsto...

Invadiste. Conquistaste.
Tomaste conta do jogo,
baralhaste, deste as cartas.
Trocaste-me os pensamentos,
mudaste-me as direcções
- Que sabes tu das vontades?

Sei que não estava previsto...

E agora, o que fazer?
Se não há nenhum decreto,
nem directiva, nem lei,
que me faça desenhar
os passos para o futuro?
- Que sabes tu do presente?

Sei que não estava previsto...
 
Meia dúzia de palavras, já escrita fora de horas, pelas 01:22
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3 de fevereiro de 2007



Senhoras e agentes

















[Qualquer semelhança entre esta foto e os personagens da história seguinte NÃO é pura coincidência!]


Eu devia ter cerca de 12 anos.
Era de manhã, eu ia com a minha mãe pelas ruas de Alcobaça.
De repente, um barulho a perturbar o silêncio matinal: do outro lado da estrada, uma senhora (se bem que “senhora” seja um termo estranho para a situação que vou descrever!) cuspiu para o chão.
Na altura, a minha mãe nem teve reacção.
Ainda antes do meu cérebro ter filtrado os meus pensamentos, já eu estava a dizer (e em voz bem alta, pois estava do outro lado da rua!) umas quantas verdades à referida criatura sobre a falta de educação que era cuspir para o chão.
Passados uns quantos anos, pensava eu que esse hábito pouco próprio já tinha caído em desuso.
Qual não é o meu espanto quando ontem de manhã, enquanto estava a colocar umas coisas no porta-bagagens do meu carro, um senhor agente da autoridade (eu nem queria acreditar!!!), enquanto andava a assobiar pela rua, repetiu o mesmo gesto! Ora lá vai, mais uma cuspidela para o chão!
E eu não estou a morar propriamente no "fim-do-mundo", mas numa cidade não muito longe de Lisboa.
Ontem o meu cérebro funcionou melhor (ou talvez não!) que há uns anos atrás, contive-me e optei por não dizer nada ao senhor agente.
Mas confesso que a cena me deixou um tanto perturbada...
Ainda para mais, um agente da PSP!!!
Logo agora que até estava quase a acreditar que o meu país estava a ficar mais civilizado!
 
Meia dúzia de palavras, já escrita fora de horas, pelas 17:49
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