10 de junho de 2007




Chorar.
O primeiro verbo.
Que sabemos conjugar muito antes de aprendermos a sorrir.

Chorar...
Tanto que tentamos esquecer como se faz,
Qual objectivo supremo da nossa modernidade...
Ignorar cada lágrima,
Cada uma das que temos vontade de soltar.

Não perceberemos que as lágrimas regam as nossas raízes e nos fazem mais fortes?

Por que razão não queremos que os outros saibam que a vida nos marca a pele?
E por dentro, bem dentro, o coração?
Seremos assim menos frágeis? Talvez menos humanos...

Chorar...
Vamos ficando incapazes de o fazer.
E se tivermos, alguma vez,
a ousadia (talvez falta de atenção?) de deixar escapar uma pequena chama de emoção...
Rapidamente fingimos!

Afinal, a nossa lágrima era apenas do pó nos nossos olhos...
 
Meia dúzia de palavras, já escrita fora de horas, pelas 23:41
8 Comentários:


At segunda jun. 11, 09:40:00 da manhã, Blogger matilde

Crescemos com as frases "Que aconteceu? Porque choras? Não chores..." e essas frases acabaram por se enterrar tanto na nossa cabeça que acabamos por não chorar ou... se choramos... disfarçamo-lo com medo que nos perguntem o que temos ou que nos digam aquilo que já sabemos de cor e salteado: "não chores". Ou então disfarçamo-lo para não preocupar os que connosco vivem. porque todos sentimos - mesmo quando sabemos que isso pode não ser verdade, mas ensinaram-nos a vê-lo assim - que ver um adulto a chorar é sinal de que não está bem.
Há alturas da vida em que choramos mais e que choramos menos. E nem sempre o choro é sinal de fraqueza, de medo, de desânimo... por vezes é apenas sinal de que sentimos a vida. as pessoas. a natureza. o mundo.

Chorar?
Porque não?
Porque sim?
...apenas... sentir.
E se nos apetece chorar.. pois que choremos.
Temos esse direito.
Assim como o direito de não chorar.
E o direito de nos deixarem fazê-lo, ou não o fazer, sem nos inundarem de perguntas. de adivinhações. de suspeitas. de expectativas.

Beijinhos Marina.
Boa semana.
(bem - grande discurso...! =P)

 

At segunda jun. 11, 10:22:00 da manhã, Blogger Alda Serras

Ninguém gosta de mostrar as suas fragilidades em público.

 

At segunda jun. 11, 04:40:00 da tarde, Anonymous Anónimo

Prefiro rir a chorar.
Pois se chorar rega as nossas raízes,
Sorrir é sol que ilumina as nossas vidas.

Prefiro um sorriso a uma lágrima.
Pois se chorar transparece uma emoção… o sorrir também.
Mas para falar verdade, prefiro chorar de tanto rir!!!

Achas que são só as tristezas que marcam a nossa vida e que deixam marcas na nossa pele? A alegria também a marca… deixa-a resplandecente! E depois nos tempos que correm é preciso muito mais coragem para sorrir do que para chorar.

Beijinhos

 

At terça jun. 12, 12:06:00 da manhã, Blogger Marina

Rapariga, tas a aprender comigo a arte de escrever discursos longos! ;-)
Agora que ja disseste tudo, deixaste-me a mim sem palavras...

Bell, mas chorar sera fragilidade?
Não sera apenas um modo de nos expressarmos tao normal como sorrir?

Silvia, esses teus neuronios nao descansam nestas ferias!
Andas inspirada!
(e quando a alegria não deixa a pele resplandecente, ha uns quantos cremes que dao uma ajuda!loooooooooooooooool)
Saudaçoes aracnideas! ;-)

Boa semana
Beijitos para as 3

 

At terça jun. 12, 11:14:00 da manhã, Blogger Stôra

Ai o pó nos olhos, o pó nos olhos... Tu não me digas que andas praí a inundar a tua casa!...
O Sol está a brilhar no céu! Aproveita-o! ;)
*Beijinhos*

 

At terça jun. 12, 11:34:00 da manhã, Anonymous Anónimo

Uma reflexão bastante pertinente!! Porque será que, cada vez mais, escondemos as nossas emoções?! E, desta forma nos tornamos de dia para dia mais robotizados...

Um beijo :)

 

At terça jun. 12, 12:33:00 da tarde, Blogger Prof

Acho que chorar pode ser uma catarse tal como o riso. Ambos são necessários.
Beijinhos!

 

At terça jun. 12, 03:27:00 da tarde, Blogger Lusófona

Oi Marina!! Eu choro à "toa"... de tristeza, de alegria, de saudade, de emoção... sou uma chorona de marca maior..hehehehe

Beijinhos e fica bem