
Ontem, a televisão foi a minha companhia em mais uma longa noite de trabalho.
Eis então o que se aprende a ver um programa sobre a Vida Selvagem, cerca das 3 da manhã:
- Que há peixes que conseguem trepar a árvores (é verdade, eu vi as imagens!)
- Que há tartarugas que respiram pelo rabo (sem comentários!!!)
- Que os golfinhos dormem com metade do cérebro de cada vez (isso também eu queria...)
- Que o corno dos rinocerontes não é um osso mas um pêlo, feito do mesmo material que as unhas e os cabelos, uma proteína chamada caroteno.
Esperem aí... o CAROTENO???
Estarei eu enganada ou o caroteno é a substância que dá cor as cenouras? Pois, se calhar... (para quem quiser saber mais vá, por exemplo, aqui) Cá para mim, o senhor tradutor queria ter escrito QUERATINA, a tal proteína que faz parte da constituição das unhas e dos cabelos. (Ide ver, por exemplo, aqui)
Neste caso talvez não seja muito grave, até porque, imagino, não deveria haver muita gente por este país fora a ver o programa às 3 da manhã.
Mas infelizmente nao é caso único...
Será que os jornalistas que falam de ciência (ou de outros assuntos também específicos, em que eu não dou conta dos erros...) não deveriam ter formação ou qualquer tipo de assistência de alguém que percebesse um pouquinho mais do assunto?
Ou se calhar, bastava-lhes ler um pouquito...
Um programa de cariz científico, nem que não consiga educar, tambem não devia deseducar!
Ou se calhar, quem sabe, trata-se MESMO de uma nova espécie!