30 de junho de 2008




















[imagem roubada algures...]

Já tinha ouvido dizer que, ao longo da nossa vida, perdemos (em média) cerca de 20 kg de pele.
Em virtude da confiança que ponho em tantos desses estudos altamente científicos que ouço no rádio do carro ou recebo através de emails reencaminhados, tenho de admitir que nunca dei muita importância a semelhante facto.
Contudo, a minha opinião mudou drasticamente desde ha uma semana atrás.
Pois eis que, consequência de horas múltiplas de festa de final de ano da escola associadas à ausência de protector solar (o meu cérebro estava activado em modo trabalho, pelo que não identificou a necessidade de utilizar semelhante creme...), a parte superior das minhas costas ficou a fazer lembrar o equipamento do Benfica de outros tempos - em que ainda era vermelho vivo...
Agora, já numa tonalidade mais outonal, pareço uma cobra em altura de mudança de pele, e vou largando pele às toneladas - tenho cá p'ra mim que já excedi largamente os 20 kg previstos para toda a minha vida! Isto apesar de a senhora da farmácia me jurar a pés juntos que utilizando aquele creme caríssimo (que eu acabei por comprar...) não iria perder um único centímetro de pele!
Resumindo a história: tenho a pele a cair e uma comichão que não pára... Já para não falar do desenho da t-shirt nas minhas costas, ombros e braços que me dá um ar fantástico assim que eu coloco uma roupa com um bocadinho menos tecido! Enfim, um verdadeiro drama...

Ainda se tivesse apanhado um escaldão à custa de um belo dia de praia!
É que este ano ainda nem senti os salpicos do mar...

Boa semana para quem passar por aqui!
 
15 de junho de 2008



2

No sofá, já velho, sinto as covinhas que me aconchegam.
Como se cada ruga de tecido estivesse especialmente preparada para mim.
Em frente, o relógio continua com as horas trocadas.
Há coisas que nunca mudam! - penso eu enquanto procuro detectar pequenas alterações na disposição do armário.
Mesmo assim, com as horas erradas e sem condizer com a decoração, é útil para segurar os livros...
Nos meus devaneios, penso na vizinha que parece ter colocado mais plantas no corredor.
Tenho de admitir que sinto a falta do corredor estreito, cheio de plantas, que na altura tanto me irritavam.
É definitivamente melhor um prédio sem elevador: é nas escadas que os vizinhos conversam e se vão conhecendo. E subir escadas é sempre um bom exercício de ginástica!
Por momentos, decido fazer uma paragem na minha viagem de retrospecção.
Levanto-me do sofá e vou até à varanda.


Estava quente o chão. A lembrança do calor nos pés faz-me sorrir.
Lembro-me do calor de outros Verões e de outros lugares...
Ha qualquer coisa que me doi nessas lembranças...
Que ao mesmo tempo me faz sorrir mas me aperta o coração.
Fecho os olhos...

Da janela vejo a cidade.
Como continua bonita a Lua, vista da varanda virada para este!
Talvez amanhã o tempo esteja bom para um passeio. Ou para a praia, talvez.
Será um longo dia, seria melhor ir dormir…

Sabe tão bem estar em casa...



Não posso dizer que foi aqui que tudo começou: este meu cantinho existiu na minha cabeça muito antes! Mas foi aqui, há 2 anos atrás, que ganhou forma.

Dois anos cheios de tudo o que de bom e menos bom a vida me foi trazendo.
E que se foi tranformando em imagens, sons e palavras.
Sobretudo as palavras...




A música? Só poderia ser esta. A primeira.
Para me lembrar de outros tempos, que trazem saudades...
Há 2 anos (e 180º) atrás...

Bom Fim-de-semana!
 
8 de junho de 2008





















Que importa saber se não se faz?
Que importa fazer se não se quer?
Que importa querer se não se diz?
Que importa dizer se não se sente?


Que (te) importa?


Às vezes, nada (me) importa...
 
2 de junho de 2008





























Cá dentro, o vazio. Por vezes cheio de tanto que não se vê.
Cá dentro, o medo. Do tanto que não se vê mas se sente.
Cá dentro, o frio. Que gela cada vontade.
Cá dentro, a dor. De não entender um Mundo preenchido de ausências.
Cá dentro a noite. Que adormece cada pedaço de ser.
Cá dentro, as sombras. Cá dentro, sempre as sombras…


Onde estás tu, raio de luz?
Abre a porta, que o olhar não pode ver mais além...

Cá dentro sempre as sombras.
Lá fora, também as sombras...
Apenas sombras...



Serão as sombras eternas?


Vem...