universos paralelos

...porque o Espaço é muito grande para um Universo só!

31 de março de 2008

Procuro escolher as palavras. Devagar...
Escrevo. Apago. Volto a escrever.
A cada avanço, tenho medo que as palavras signifiquem algo que eu não queira dizer.
E tenho ainda mais receio das outras palavras que, de tão cheias de mim, é melhor não serem ditas. Que as palavras cheias ficam mais pesadas. E, tantas vezes, magoam (me) mais…
Faço uma pausa. Volto a ler cada linha, mas o texto teima em não fazer sentido.
Cada palavra escrita lembra-me um porquê para o qual ainda procuro uma resposta…
Olho para trás. Para as pegadas que os meus passos deixaram no caminho.
Vejo em mim as cicatrizes de tantas quedas.
Penso como seria se não guardássemos as memórias...
Tenho medo do “para sempre” e do “nunca mais”. Que o infinito é demasiado grande…
Escrevo mais um pouco. Apago novamente.
Fecho os olhos. A cabeça vacila. As pernas também.
Dói-me o ar frio na cara enquanto vou caindo para o vazio.
Cheio de tudo o que o meu sentir não compreende…

Irei algum dia entender?

Das palavras escritas sobram apenas estes pedaços de sentir...
Fragmentos do que as minhas mãos não conseguiram sequer escrever.

Meia dúzia de palavras, já escrita fora de horas, pelas 01:57

11 Comentários:

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At terça abr. 01, 12:23:00 da manhã, O Meu Mundo

Sabes... também me sinto como as palavras que escreveste.

Espero que esteja tudo bem contigo.

Beijos

At quinta abr. 03, 08:57:00 da tarde, Alda Serras

Leio tristeza nas palavras que tantas vezes apagas e (re)escreves e também cautela. Está tudo bem?

At sábado abr. 05, 11:20:00 da tarde, Marina

Susana, bem vinda aqui! =)
Agora andamos desencontradas...
Eu ainda vou mantendo a tradicao das terças feiras! Qd sera q te apanho por la? ;-)

Bell, e q as vezes a nossa vida troca nos as voltas... E depois tropeçamos e magoamo nos... E por isso que e preciso cautela.
Ha palavras que e melhor nao serem escritas... porque depois, o q se pensou fica registado para sempre.

Bom Domingo!

Beijitos ate breve

At domingo abr. 06, 09:03:00 da tarde, Lusófona

Fabuloso!!

Talvez tenha sido inspirado em triste momento, o quê lamento, mas ficou lindo!!

Beijinhos e cuide-se

p.s. Adoro essa música!

At domingo abr. 06, 09:11:00 da tarde, Teresa Pombo Pereira

Olá! Adorei os poemas e o layout. Vou voltar :-)

At segunda abr. 07, 12:24:00 da manhã, Marina

Lusofona, fiquei baralhada... qual delas? Bem, eu gosto das duas!

Prof. Teresa, bem vinda ao meu cantinho internetico! E obrigada pelas palavras simpaticas! =)
Eu procurei um sitio para retribuir mas eram tantas as hipoteses q ate fiquei confusa...
Eu que so tenho este cantinho e nao lhe dedico todo o tempo que queria!

Ate breve!

At segunda abr. 07, 10:39:00 da manhã, Claudia Ganhao

Primeiro que tudo adoro esta música do David! Obg ;)

Tb tenho medo do “para sempre” e do “nunca mais”, por isso é que não falo, nem acredito nessas palavras...

Bjs

At segunda abr. 07, 11:29:00 da tarde, Anónimo

Está lindo!
Mas ñ te esqueças que o mais simples é o mais bonito.
Não escrevas e reescrevas tantas vezes… perde-se o mais bonito.

At quarta abr. 09, 01:45:00 da manhã, Marina

Carraça, eu evito dizê-las, mas as vezes parece que se sente a ameaça da "eternidade" no ar...
[E ainda bem q gostaste da musica! ;-)]

Silvia Cristina, pois tens toda a razao!
É uma coisa que me tem deixado tantas vezes a pensar... o equilibrio entre a beleza e o perigo do espontaneo...
Um dia destes, havemos de falar sobre isso! ;-)

Beijitos e ate breve!

At terça abr. 22, 10:41:00 da tarde, Note

Para sempre e nunca mais...exactamente as mesmas palavras das quais fujo a sete pés...não acredito nem numa nem outra, de resto...
Curiosa a forma como escreveste este texto...curiosa porque familiar ;)
***

At sexta abr. 25, 01:40:00 da tarde, Marina

É engraçado como as vezes nos encontramos nas palavras dos outros...
Foi o que senti quando li o teu texto!

Obrigada pela visita! =)

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