27 de outubro de 2008




















Era uma vez uma menina cujo coração batia mais rápido que o das outras pessoas.
Isso incomodava toda a gente...
Por causa do barulho…
O coração batia tão alto!...
Ela tentava explicar:
“É um coração de pássaro... Eu estou no corpo errado!... Daí o coração bater tão rápido... Eu sou um pássaro..."
“Que é que ela disse?... é tolinha... não deve durar muito…”
Então, ela fugia...
Ela só queria desaparecer… deixar-se levar pelo vento...
Finalmente, a chuva acalmava-a, então ela voltava p’ra casa e continuava a viver, apesar de tudo.
Pouco a pouco as pessoas foram-se habituando ao barulho do coração…
Acabaram mesmo por esquecê-la…
Ninguém se apercebeu do que se passava...
E isso era bom para ela…

(...)

Encontrei aqui: http://www.ciclopefilmes.com/filmes/historia-tragica-com-final-feliz/



Arranja um final feliz para a minha história...
 
Meia dúzia de palavras, já escrita fora de horas, pelas 01:32
8 Comentários:


At quarta out. 29, 08:08:00 da tarde, Blogger Namastê

A menina não fica sozinha. Fica consigo própria, conseguindo assim mergulhar dentro de si, conhecendo-se melhor e tendo uma consciência cada vez mais ampliada de si própria.

E é então que se apercebe que o barulho ritmado do seu coração é um mantra. Um mantra que usa primeiro para si e que, depois, sabendo exactamente quem precisa dele, o oferece alegremente.
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Não me quero alongar no comentário, mas existem pessoas cuja vida é feita para ajudar os outros. E que, claro, também precisam de ajuda. Mas vivem dentro duma caixa de vidro. Como é de vidro, não a vêem e, cada vez que tentam chegar aos outros "esbarram" nela. Nestes casos, só a aceitação pode ser a chave. Fica-se quieto e o nosso mundo interior é a nossa amiga, o nosso amor, a nossa vida, que vamos enriquecendo.

Aí, de vez em quando, alguém virá pedir ajuda. E estendemos-lhe os braços...

 

At quinta out. 30, 01:30:00 da manhã, Blogger Marina

Lamento mas não consegue convencer-me de que "ficar consigo próprio" não passa de uma maneira que temos de nos enganarmos e podermos negar a solidão. É a minha opinião.

 

At quinta out. 30, 01:30:00 da tarde, Blogger Namastê

Eu não tento convencer ninguém. Deus me livre! Acredito apenas que a solidão não se colmata de "fora para dentro". Mas isso sou eu.

Para a sua história, foi o melhor final que consegui arranjar...

Acredito que, quando damos, acabamos por receber. Mas tb sei q às vezes a tristeza é tão grande que não temos nada para nós próprios, quanto mais para os outros.

No entanto, não será que aparece sempre alguém?

Um beijinho de luz

 

At quinta out. 30, 03:57:00 da tarde, Blogger IC

Marina, deixei-te uma prendinha aqui. Para multiplicares por quinze :)
Beijitos

 

At quinta out. 30, 07:22:00 da tarde, Anonymous Anónimo

"qual coração de pássaro qual carapuça!!!" gritava o médico. "você sofre é de arritmia cardíaca! temos que tratar disso!"
E o sr. doutor receitou-lhe a medicação certa para o problema detectado.
No entanto, o coração continuava a bater depressa e a fazer barulhos chatos.... e a menina continuava preocupada, claro. Resolveu consultar outro médico.
"mas qual coração de pássaro?!?" gritava o 2º médico. "e fique sabendo que você não tem arritmias nenhumas!!! O seu problema é, certamente provocado pela droga!!"
É claro que nesta altura a menina lançou um olhar ao médico, um olhar mais sonoro que os barulhos do coração. Um olhar que gritava bem alto "mas você é estúpido, ou quê?"
E a menina lá explicou que não se drogava.
Mas de repente o médico, num acesso súbito de inteligência atira para o ar: "sim, droga! a cafeína é uma droga. Diga-me cá, quantos cafés já bebeu hoje?"
E a menina revelou "376, sr. doutor."
"Ah - Ah!!! eu sabia! esse é o seu problema.... experimente beber apenas 2 ou 3 por dia, vai ver que o seu coração vai melhorar. e agora ponha-se a andar, que eu já estou a ficar doido com esse barulho horrivel"
E a menina assim fez. pôs-se a andar. daí em diante começou a beber apenas 3 cafés por dia.... e 5 descafeinados....
E o coração começou a andar mais calmo,deixou de fazer barulhos e esta história encontrou assim o seu final feliz! :))

 

At sábado nov. 01, 03:07:00 da manhã, Blogger Marina

Namaste, concordo.
Mas as vezes nao aparece ninguem durante tempo de mais...

IC, obrigada pela prendinha!
Ja vou tratar desse assunto mais tarde, pode ser?
Que agora tenho muitos outros TPC's...

Anónimo, que afinal és pouco anónimo (como sempre!), obrigada por tornares o meu final (e, sobretudo, o meu presente) um bocadinho mais feliz! =)
Quando é que um desses cafes vai ser aí na "nossa" cidade? ;-)

 

At quinta nov. 13, 08:16:00 da manhã, Anonymous Anónimo

Parabéns ao anónimo!
Um final bem realista.
Estava-se mesmo a ver que a menina tinha de consultar um cardiologista. O qual após a realização de ECG chegaria a conclusão que esta sofria de taquicardia sinusal e que se esta se mantivesse mesmo após a diminuição do consumo de cafeína lhe receitaria um Concor por dia.
Levanta-se a questão do barulho… um coração não se ouve mais alto por bater mais rápido, será que a menina tinha uma prótese valvular mecânica?!
Ahahahaha! Isto tem piada e se eu continua-se isto nunca mais acabava!
Se quiseres envio-te uns artigos sobre o assunto!
Beijocas

 

At domingo nov. 16, 08:21:00 da tarde, Blogger Marina

Silvia Cristina, apos uma breve reflexao cheguei à seguinte conclusao:
- De acordo com as leis da física, a altura de um som esta apenas relacionada com a sua frequencia;
- Quando um coração bate mais rapido, a sua frequencia aumenta, logo, o som é mais alto.
- Todos sabemos que os sons mais altos (ou seja, mais agudos) nos incomodam.
Por isso, está tudo esclarecido!

Agora de taquicardias sinusais e proteses valvulares mecanicas, disso não percebo nada! :p
E Concor(d) so conheco o aviao! eheheh

Beijinhos e porte se com juizo!

PS: Os parabens ao anonimo ja foram entregues! ;-)