
Fizemos os planos.
Impusemos os pontos que os definem.
O ponto de partida. O ponto de chegada.
Precisávamos de mais um ponto: escolhemos o ponto de vista.
Mas são tantos os pontos de vista!
E nem todos fazem parte do mesmo plano...
De repente, um certo ponto de vista torna-se num ponto de interrogação.
E questionamos os planos.
E as rectas. E as rotas.
E os caminhos que percorremos.
E as escolhas que fizemos.
E deixamos de definir os planos.
Já não sabemos onde ficou o ponto de partida.
Não vemos o ponto onde pensámos chegar.
Ficamos com os pontos de vista.
Existimos.
Num ponto.
Só.
[E tentamos continuar a viagem...]