22 de agosto de 2010




Entro na igreja. Quase vazia. Ou simplesmente mais vazia do que me lembro de outros tempos...
Lentamente, percorro as caras na penumbra com um esforço do olhar.
A maioria, desconhecidas. Algumas estranhamente familiares, mas já lhes esqueci os nomes.
Percorro, em vão, a minha memória. Apenas recordações que, de tão ténues, não sei se são reais.
Sou estrangeira. Mais estrangeira do que os americanos que, vim a descobrir depois, também se encontram aqui.
Sinto o vazio de quem já não pertence aqui, onde sei que deveria ter as minhas raízes.
E é como se o meu passado não tivesse existido.

E então, como as plantas (e as pessoas) sem raízes, deixo-me ir com o vento.
Não sou daqui. Sigo onde ele me levar.
 
19 de agosto de 2010




Já sinto as férias a escorregarem debaixo dos meus pés...