31 de dezembro de 2009




Nestes 364 dias que já passaram, 2009 não foi, definitivamente, um ano fácil.
Começou com uma valente dor de dentes, ainda na Passagem de Ano e depois, ao longo do ano, as idas ao dentista (e a outros istas) foram bem mais do que as que desejaria, tal como as idas à oficina com o meu veículo…
Mas nós somos sobreviventes e, apesar das quedas, continuamos a ser bons companheiros de viagem!

Este ano não foi mesmo nada fácil…
Consegui avariar o computador, a máquina fotográfica (2 vezes), o telemóvel, uma cafeteira eléctrica, entre outros objectos menores de que agora não me lembro…
Mas, os objectos são apenas isso. Objectos. E tudo foi remediado.

Em termos de trabalho, este ano também não foi fácil…
Comecei numa escola difícil, à qual não foi fácil sobreviver…
Com trabalho de mais, recursos de menos, valendo-me os sorrisos das pessoas.
Que, apesar de todas as dificuldades, me fazem hoje ter uma pontinha de saudades de Lisboa. Sempre as pessoas!

E, por algumas pessoas que perdi (das que eu guardava bem cá dentro...) este ano foi um ano particularmente difícil.
Algumas quis o destino que deixassem a nossa presença.
Outras, embora continuem perto, optaram pela distância e pelo silêncio…
Mas este foi também o ano em que comprovei que é nas horas difíceis que reconhecemos os amigos e, nas que tenho passado, tenho-os encontrado ao meu lado.
E, apesar do esforço de ter deixado de beber café, aprendi que o chá é melhor para partilhar. Com bolachas de chocolate. Especialmente nos dias em que o calor humano tem de vencer o ar frio que chega do Montejunto.

É pois pelas pessoas e pelas partilhas que, neste momento, o balanço que faço é claramente positivo.
É que apesar de tudo, este foi o ano em que voltei a casa.

À cidade que me aquece o coração.

Feliz 2010!
Que o ano novo nos traga muitas coisas boas.
E que nos traga coragem para vencer os obstáculos que, definitivamente, encontraremos.
 
29 de dezembro de 2009




Sempre gostei de gatos.
E como tal, desde pequena que me enervavam certas séries de desenhos animados como o Tom and Jerry ou o Tweety, em que os gatos ficava sempre a perder.
Pobre Tom, pobre Sylvester...
Quer dizer, eu até achava engraçado se os gatos perdessem às vezes, mas sempre??? Não era justo!
Outra coisa que me enervava um bocadinho era aquela canção infantil sobre atirar um pau a um pobre gato que, na canção, se esperava (pelo menos assim me parece!) que morresse.

Quanto aos desenhos animados, nunca mais vi nenhuma das séries.
Mas eis que este Natal, ao oferecer um livro ao filho de uma amiga, fiquei agradavelmente surpreendida ao ver uma nova versão da música infantil!

Não atires o pau ao gato,
Porque isso não se faz.
Minha mãe ensinou-me
A gostar, a gostar dos animais.















Muito mais apropriada, não acham? ;-)

Só espero que o pequeno B., cujos deditos se encontram a espreitar na fotografia, goste tanto de gatos como a "tia" Marina!
 
23 de dezembro de 2009




Tenho andado ausente.
Não por vontade minha. Nem sequer por falta de inspiração.
Digamos que, por estes dias, não tenho sido bafejada pela sorte.
(Podia agora dissertar sobre o “odor da sorte” mas a hora já vai longa para o cansaço que trago...).
A história desta minha maré começa há quase uma semana.
O meu computadorzito pediu-me para fazer uma actualização. E eu, claro, permiti. É que eu não quero que lhe falte nada!
Mas eis que, durante o processo, ocorreu um erro que fez com que não ligasse mais…
(Para os que ainda se lembram do post anterior e estão a fazer associações, eu juro que desta vez não fiz nada, ok???)
Bem, depois de ter passado a tarde do último Sábado em casa de um Amigo a tentar resolver o problema, sem sucesso, tive de me render a pagar uns euros na loja para tratar do dito. Fui hoje buscá-lo, finalmente. Parece bem, mas está completamente vazio. De ficheiros e de mim…

(Tenho de tratar disso com urgência – gosto que o meu computador seja verdadeiramente "meu".)
Por sorte, tinha comprado na semana passada um disco externo. Ainda não o tinha estreado…
Fez-me pensar no quanto nós adiamos as coisas, sem saber quanto tempo o tempo nos reserva. Mas adiante. As reflexões ficarão para outro dia mais dado a introspecções salpicadas de poesia.
Voltando ao dia do azar, depois de me ter passado a neura (e foi bem grande…) da perspectiva de ficar sem portátil e sem parte dos meus documentos (o que, felizmente, não aconteceu), dizia eu pela escola que “pior do que não ter portátil só mesmo não ter carro”.
E depois, é nestas alturas que a vida nos dá lições. É que foi mesmo isso
que aconteceu…
No último sábado à noite, depois de uma tarde infrutífera com o portátil, com a agradável temperatura de 2ºC, a bateria do meu carro decidiu morrer e, mais uma vez, lá tive de pedinchar uma boleia para casa…
E no Domingo de manhã, com a temperatura igualmente arrepiante, um outro amigo disponibilizou-se para ir comigo comprar e montar a bateria no carro.
Enquanto medíamos a bateria com uma régua (a lei, nestas situações, manda desenrascar!) as nossas mãos iam ficando roxas, tal era o frio que estava. Pensando positivo: pelo menos não chovia.
Finalmente conseguimos e, ligeiramente atrasada, cheguei mesmo a tempo de um agradável almoço de Domingo em família.
E dei comigo a pensar que é nestas alturas, em que a vida nos troca as voltas, que reconhecemos os nossos verdadeiros Amigos.
Os que deixam as tarefas de lado e tentam consertar os nossos portáteis, os que trocam o pijama num Sábado à noite, mesmo estando um frio de rachar, para nos irem buscar uma vez que o nosso carro ficou sem bateria, os que num Domingo de manhã, com um frio igualmente de rachar, deixam tudo para nos ajudarem a mudar a bateria do carro, para que possamos ir a um almoço de família.
Natal é isto. Natal é o que os nossos Amigos fazem todos os dias.
É isso que faz com que os nossos dias, apesar das marés, sejam dias melhores, sejam “Bons dias”.
Hoje, esperando que a tormenta já tenha passado e a bonança se restabeleça, deixo um muito obrigada a todos os meus Amigos. Com “A”.
 
11 de dezembro de 2009




A minha Coordenadora de Departamento tem por hábito mandar as informações por mail.

Hábito esse que acho muito positivo, pois tem-nos poupado imenso tempo em reuniões.

As coisas corriam bem, até que comecei a receber ficheiros com uma extensão que, até ao momento, era para mim desconhecida mas que verifiquei ser do Open Office.

Ora eu, que tenho a mania que até percebo qualquer coisa de informática (se bem que, cada vez mais reconheço que sei menos...), optei por não perguntar a ninguém e decidi investigar pelos mares internéticos para descobrir como abrir os referidos ficheiros.

Já não me lembro qual era a primeira solução que encontrei por aí, mas sei que optei por procurar um conversor que transformaria o ficheiro estranho num simpático documento do Word.

Quando cheguei à página onde poderia fazer o download dos conversores, eis que me aparece uma lista enorme. Pareciam-me todos iguais. Em nome, em tamanho, …

Decidi instalar o primeiro. Na altura, não sabia eu que seria uma má escolha…

De repente, começam a aparecer no meu monitor palavras numa língua estranha, que não percebi.

Mas, eu sou a tal que tenho a mania que até percebo qualquer coisa e, pensei eu, isto de instalar é só carregar no botão que diz “seguinte”, não há que enganar!!!

Assim, mesmo sem perceber nada do que estava a fazer instalei o programinha.

De facto o programa funcionou mas baralhou-me um bocadinho o computador e, uns dias depois,lá tive de pedir ajuda a quem realmente percebe do assunto. Tentámos desinstalar o programa mas, tendo em conta que não se percebe rigorosamente nada das instruções, foi completamente impossível.

E o programa continua por aqui. Funciona e geralmente não causa estragos no portátil nem me afecta o humor.

Mas, o que fazer quando me aparecem avisos como este?
















Será que o programa me está a perguntar se quero apagar todos os ficheiros do meu computador? Ou talvez avisar-me que tenho um vírus terrível instalado….

Se calhar, devia arranjar mais um tempinho na minha agenda e estudar checo, ou turco, ou sei lá que língua é esta… Ou então, talvez um cursinho de informática para ficar, realmente, a perceber que não se deve instalar nada que não se perceba o que é.

 
7 de dezembro de 2009




Às vezes, num infinitésimo momento, surge-nos um pensamento que, por fazer tanto sentido, até a nós próprios surpreende!
 
3 de dezembro de 2009




Amanhã, que é como quem diz mais logo, vou recomeçar a praticar desporto.
Desta vez, tendo em conta a minha dificuldade em arranjar um horário para outra modalidade, optei pela hidroginástica.
Apesar de ainda não estar completamente convencida de que fiz uma boa escolha (talvez por achar que a minha turma será maioritariamente composta por senhoras que me vão falar de rendas e culinária e eu não vou ter assunto...), vou arriscar. Talvez seja apenas preconceito.
Bem, para poder iniciar mais logo esta actividade, foi necessário que eu comprasse equipamento que, até à data, não existia cá em casa – é que eu nunca fui muito dada aos desportos aquáticos.
E, como boa portuguesa que sou, claro que deixei tudo para a última hora. É que a juntar-se à minha característica genética de me atrasar nestas (e noutras) coisas, abriu ontem uma grande loja de desporto cá no sítio e eu tinha a expectativa de apanhar alguma promoção simpática.
Pensei eu que, às dez da manhã (e eu que me levantei a tanto custo…), as pessoas daqui da zona ainda estariam por casa, a aproveitar o feriado.
Não podia estar mais enganada!
Eis que, quando cheguei, a confusão era tanta que não havia lugares no parque de estacionamento. Mesmo assim, como tinha mesmo que comprar o fato-de-banho, deixei o carro mais longe e arrisquei.

E foi aí que começou o espectáculo.
Numa ânsia consumista que nunca eu antes tinha presenciado, famílias inteiras percorriam a loja. Pais arrastando filhos, avós segurando netos, todos eles de humor duvidoso, e “devorando” as prateleiras.
Contaram-me que, por volta da hora de almoço já muitos artigos tinham esgotado e, ao fim da tarde, a loja parecia ter sido revolvida por um furacão.
A mim, só me assalta uma dúvida: será que vão todos dedicar-se ao desporto amanhã e se atrasaram na compra dos equipamentos (como eu) ou será que, nesta terra, ninguém tem melhor ocupação para uma manhã de feriado do que enfiar-se numa grande superfície em dia de abertura?
Eu confesso que teria…