19 de agosto de 2009




(e para qualquer outro momento da nossa existência)


















Fechar os olhos e deixar voar a imaginação! =)
 
4 de agosto de 2009




... é por isso que vou rumar a leste, a ver o que encontro por lá!
Até breve!

BOAS FÉRIAS!
 
2 de agosto de 2009




(ou o meu problema de geografia...)

Neste últimos dias, enquanto esperava angustiada pelas consultas do dentista, tentei distrair-me lendo aquelas revistas típicas de consultório médico, recheadas de mexericos e de há meses atrás.
Quanto a este último aspecto, não é para mim um problema pois, dado o meu alheamento a estas "notícias", qualquer casamento, baptizado, separação ou afins, mesmo sendo do ano passado, terá uma grande probabilidade de ainda ser novidade para mim.
Após ter lido, de trás para a frente (reparei que ainda mantenho o vício!) umas duas ou três do mesmo género, tive de optar entre uma revista de carros ou uma revista espanhola.
Após breves segundos de reflexão (coisa difícil para quem está na sala de espera de um dentista…) concluí que a revista de carros seria mais difícil de compreender do que os mexericos em espanhol e acabei por me decidir por esta última.
Algures no meio da revista, encontrei, por mero acaso, uma publicidade a uma certa empresa sueca de mobiliário (para quem não adivinhar qual é, digamos que começa com um I, acaba em A, e tem um “KE” no meio) com as seguintes indicações de preços:

“Preços válidos na Península excepto em Portugal”












E pensei eu… não seria mais fácil escrever “Preços válidos em Espanha”?

Aliás, tendo em conta que a revista é espanhola, não seria esse facto suficiente?
Ou a península terá, algures, outros países que, até ao momento, são desconhecidos para mim?

Eu já tinha ouvido dizer que “O Porto é uma nação” mas nunca pensei que os senhores suecos levassem esta frase à letra!
 
1 de agosto de 2009




A minha primeira paixão foi Aveiro.
E era tal a paixão que achei que jamais iria gostar assim de outra cidade.
Ainda me lembro do vento, que nos despenteava e que partia guarda-chuvas no Inverno. Lembro-me das tardes na Biblioteca, entre livros e partilhas.
Também me lembro dos cheiros, que aprendi a conhecer e com os quais conseguia prever o tempo. Cheiro a Cacia, sinal de bom tempo.
Lembro-me das flores nos candeeiros, que pareciam mais bonitas nos Domingo de Sol. E lembro-me dos almoços de Domingo!
Ainda hoje, quando volto (e tento fazê-lo, pelo menos, uma vez por ano), Aveiro tem sempre o sabor de um regresso a casa. Como se tudo, apesar de diferente, continuasse a fazer sentido.

Quando mudei para Torres Vedras, consegui odiar a cidade durante cerca de uma tarde.
E apenas porque não era Aveiro.
Depois, rapidamente a cidade se tornou a “minha” cidade.
Quando regresso, e faço-o muitas vezes, encontro-me com as minhas memórias a cada passo.
Gosto da cor do céu, bem azul nestes dias de Verão. Gosto da brisa que corre nas ruas e que nos acaricia a pele. Gosto do pôr-do-sol na praia, especialmente em pleno Inverno.
Gosto das pessoas. Ah, as pessoas! Como gosto da simplicidade das varandas com janelas abertas!

Hoje, eram já nove da noite quando atravessei, provavelmente pela última vez, o portão da minha escola. Vim para casa e, mais uma vez, coloquei parte (o resto já levei no último sábado) da minha vida em sacos e caixas que me levantam sempre dúvidas sobre o tamanho do meu carro. É que amanhã é dia de viagem.
Nunca pensei apaixonar-me por Lisboa. Achei sempre a cidade demasiado grande para mim, como se a largura dos espaços me deixasse mais perdida e me aumentasse a solidão…
Mas a verdade é que agora, na iminência da partida, trago em mim uma certa nostalgia.
Reconheço que me sabe bem a vertigem desta cidade.
Que me permitiu ver e rever tantas pessoas que fizeram e vão fazendo parte de mim.
Que, apesar de grande, ao mesmo tempo me pareceu acolhedora, com todos os seus loucos.
Aqui todos somos iguais porque todos somos diferentes.
Aqui todos somos um bocadinho loucos…
E até na escola que hoje deixei para trás, e que durante tanto tempo me deixou ainda mais perdida, há quem me diga coisas bonitas e há quem me peça para voltar.

As pessoas! Sempre as pessoas.
Disseste-me, uma vez, que te tinhas aprendido uma coisa comigo.
Disse-te eu que são as pessoas que fazem os lugares.
E é por isso que, na hora de ir embora, um bocadinho de mim fica por cá.
E vou levar comigo bocadinhos daqueles que comigo se cruzaram.

Talvez regresse…
Ou talvez, no próximo ano, volte a apaixonar-me…